Escarpa mais segura

Município de Gaia associa requalificação da orla fluvial à captação de investimento privado

A reabilitação e sustentabilidade da orla fluvial de Gaia, a montante da ponte Luís I, é uma das prioridades do Município liderado por Eduardo Vítor Rodrigues. Diminuir os riscos e aumentar a segurança, através de obras de consolidação da escarpa, são os primeiros passos para mobilizar e acoplar investimento privado direcionado para a promoção turística.

"Pretendemos garantir a consolidação e sustentabilidade da escarpa para, depois, mobilizar e induzir os privados", afirmou Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Gaia, durante a visita à obra num troço da Rua Cabo Simão, na companhia de Paulo Lemos, secretário de Estado do Ambiente, que enalteceu a estratégia municipal de valorização da orla fluvial e a associação com o investimento privado.

O autarca anunciou, a propósito, a implementação de um projeto da Douro Azul, que integra uma unidade de atracagem de embarcações turísticas e um equipamento de hotelaria, no perímetro definido entre a Rua Cabo Simão e o Areinho de Oliveira do Douro, num investimento que vai gerar vários postos de trabalho e atrair turistas à marginal fluvial.

A obra visitada compreende uma extensão de 20 metros, deverá estar concluída dentro de 15 dias, representa um investimento de 123 mil euros e é financiada pela Agência Portuguesa do Ambiente, através do Fundo de Proteção dos Recursos Hídricos.

A empreitada inclui a execução de ancoragens e pregagens, a construção de uma laje de betão armado para a estabilização da faixa de rodagem, a repavimentação a cubos de granito do troço intervencionado, bem como a estabilização do maciço rochoso subjacente que constitui uma escarpa vertical com cerca de 15 metros de altura até ao rio Douro.

Trata-se de um obra que integra o projeto das Encostas do Douro, com uma área de intervenção global desde a ponte Luís I até Lever, e que integra a requalificação dos areinhos de Oliveira do Douro, em fase de conclusão, e de Avintes, que deverá arrancar em seguida. Esta empreitada de reabilitação representa um investimento global de 2 milhões de euros.

Fonte: CMG